sexta-feira, 15 de julho de 2011


Com o vento batendo no rosto, o sol iluminando tudo, - por dentro e por fora - o calor me animando de maneira incomparavel, eu me sinto livre, leve e solta. Pronta para voar pra onde eu me levar, e curtir. Sair com as minhas amigas, achar paixões, perdê-las e não sentir nada. Viver, sonhar e acima de tudo, me amar. Dias assim, me deixam com vontade de ser feliz para sempre, e como toda vontade exagerada, a gente corre pro abraço e não se arrepende, apenas aproveita.

[Pietra Mariah]

terça-feira, 12 de julho de 2011

a montanha russa das nossas vidas.


Sobre todas as angustias do mundo, a minha não é a maior, mas também não fica muito pra trás. Tudo que desperta minha tristeza, ultimamente vem que nem bomba nuclear, atinge tudo ao raio de 20 km.
 Os meus sonhos eu tento deixar, cuidadosamente protegidos, num abrigo. Alguns ficam para trás, em meio a todo pavor e correria.
 Injustamente, eu sempre me deparo com a minha grande companhia, aquela que me devora em poucos segundos e demora dias para me digerir, remói e comprime. E la dentro é frio, escuro e solitário, é como uma prisão, nada do que eu faça me tira rapidamente daquele lugar, sempre demora um pouco. Esse tempo passa, sempre passa, vezes deixando grandes cicatrizes e em outras não deixando nada, como se nem tivesse passado por tudo aquilo.
 Com o tempo o sol volta a brilhar, tudo seca e algumas flores crescem. Corro, quase mais rápido que o vento, abro as portas do abrigo aonde antes escondia meus sonhos, e os retiro de lá. Até encontro alguns perdidos pelo caminho, e permito que alguns cresçam.
 Reaprendo a sorrir, a deixar o olhar brilhar. De tijolo em tijolo reconstruo tudo o que aquela bomba maldita destruiu. E vou melhorando todos os dias, por meses, ou anos, talvez só por uns dias, ou melhor, até a bomba imprevista cair de novo, destruir, arrebatar, descontrolar. E mais tarde tudo melhorar e ficar bem. Sem saber quando e onde irei me deparar com os destroços das bombas que caem pelo mundo.

[Pietra Mariah]

quarta-feira, 6 de julho de 2011


“Às vezes sinto falta às vezes acho que é um alívio estar longe.”

                                

- Caio Fernando Abreu.

domingo, 3 de julho de 2011

olhe bem no fundo dos meus olhos...


"É tão dificil vê-la sem um sorriso no rosto, quanto ver nevar no nordeste. Mas já parou pra pensar que esse sorriso pode ser apenas um disfarce, e que talvez ela precise de você?!"

[Pietra Mariah]
Título: "De janeiro a janeiro - Roberta Campos"

sábado, 2 de julho de 2011

idas e vindas...


Já desci do trem com vontade de nunca mais embarcar nele, mas sei que o meu caminho não termina nessa parada, e que devo seguir viagem. Por mais que seja aqui que eu gostaria de ficar, quietinha e feliz, sei que devo seguir, - não que não possa retornar uma vez ou outra - necessito conhecer tudo o que me espera mais á frente. Não excitei, fui calmamente até o vagão central, olhei com delicadeza tudo a minha volta, com um sorriso fraterno, - lembrando da minha ultima parada naquela estação -, eu sempre soube que o que me fazia sorrir estava nessa estação. Mas embarquei e segui viagem, ao contrário do meu coração. Sempre volto para revê-lo, e matar a saudade. E ele sempre soube o quão difícil pra mim, era partir, e eu sempre soube o quão difícil pra ele, era me ver partir, e juntos pensávamos "ainda haverá o dia que não terá partida, e que ficaremos juntos, até durar".

[Pietra Mariah]

é o que acontece depois...


“Só que agora você deve estar, sei lá, pegando uma outra garota pra levar ao cinema. E tudo bem por mim, sério mesmo. Sei bem que você sabe que a tal não merece mais que uns pacotes de pipoca, restaurante, beijos no carro. Posso imaginar como ela vai dizer, sei lá, me liga. E você vai responder com seu velho e irritante a-hã. Sabendo que não vai ligar. Não porque é um cara ruim, mas pela recorrente sensação de que acabou de largar em casa um quebra-cabeças de três mil peças que, olhando o modelo na caixa, talvez até valha o trabalho de montar. Mas, poxa vida, são três mil peças. E você detesta montar coisas.

[ Gabito Nunes ]