quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Gostos...


















Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí?
EU ADORO VOAR!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eu, recomendações:


Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas… permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos, e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. (Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem… gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar às vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes. Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca… Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar para a missa, apresentar sua familia… isso a gente vê depois… se calhar… Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto. Olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos… Me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar… experimente me amar!

De extrema importância


Há pouco mais de um mês, todos os dias eu preciso de uma ligação que diria ao menos um “como você está? sinto sua falta” (que seja dele, só essa que eu preciso). Algo que me lembre do quanto sou importante e que causo saudade. Uma ligação que me ocultava dores e trazia esperança. Eu precisava, e ainda preciso, ouvir a voz dele sempre que posso, afinal é ele que me passa segurança, que vai ocupando aos poucos o meu coração, que vem me trazendo pequenas felicidades, pequenas mas que parecem gigantescas ao seu lado (ah aquela voz inconfundível, o calor mais aconchegante que insiste em me aquecer, o carinho que ele me dá, e que eu só gosto quando vem dele, com os melhores beijos do mundo.). E toda vez ao escutar aquela voz inconfundível, meu dia poderia ter sido o pior, mas ele melhorava tudo com a graça de uma criança.E eu sempre vou completar o seu ”sinto sua falta…” com ”…todos os dias, e espero te ver logo”.

[Pietra M. H. Soares]